Com um codinome cuja sigla relembra fracasso (NGP me lembra Neo Geo Pocket), o sussessor do PSP é revelado com uma ar vitorioso. Sua potência gráfica e seus inúmeros brilhantismos técnicos surgem para recolocar iPhones e afins em seus devidos lugares. Aqueles que inadivertidamente enunciaram tempos difíceis para plataformas portáteis de games dedicadas, frente a uma suposta concorrência imposta pelos smartphones mais modernos, foram obrigados a rever totalmente os seus conceitos a medida que Kaz Hirai, CEO da Sony Computer Entertainment, revelava ao mundo seu New Generation Portable.
O sucessor do PSP brilha de todas as formas possíveis e imagináveis, desde seu design arrebataramente sedutor a todos as possibilidades de interação que giroscópios, direcionais analógicos, botões de ação e touchpads adicionarão a uma plataforma legitimamente voltada a games. A cada nova especificação anunciada a Sony mostrava claramente ao mundo o quanto o mercado de games para smartphones, formado por casual gamers, é diferente do mercado de portáteis dedicados, formado por hardcore gamers. E é bem ciente desta diferença, e determinada a fixar sua bandeira em território inimigo, que a Sony anuncia também o programa Playstation Certified. Este programa se sustenta basicamente em dois pilares, o Sony Ericsson Xperia Play, anunciado oficialmente só mais recentemente, e o framework Playstation Suite. O primeiro, um smartphone Android de alto desempenho (e com direcionais!!!), concorre diretamente com o hardware do iPhone. O segundo concorre diretamente com a App Store da Apple, e é aí, neste segundo, que a Sony montará seu maior front de batalha contra a Apple e suas pretenções pretenciosas com relação ao mundo dos games. Com o Playstation Suite a Sony poderá comercializar em todos celulares Android (atualmente os celulares mais vendidos no mundo) jogos diretamente disponibilizados na Playstation Store, como jogos de PSOne e PS2, além de jogos especificamente desenvolvidos para o framework, criando assim uma plataforma de games totalmente nova e aí sim, concorrente da Apple. Tudo indica que a Apple terá problemas em firmar seu iPhone como uma plataforma de games, mesmo que casuais, dominante. E as duas grandes pedras no seu sapato respondem por “Playstation” e “Android”.